Pragmatismo
Para o patrão, sou um peso em impostos. Para os RH, um nome na folha de pagamentos. Para o encarregado geral sou um problema e os problemas atiram-se pra canto. Para os colegas, sou a estranha da equipa. Para a equipa sou um suplente que só mostra o que vale quando não houver mais ninguém. Para a família sou a arrogante que não fala a ninguém ou a que devia ter ido para os anjinhos com a mãe. Para os estranhos com que me cruzo sou apenas uma fulana despenteada e mal vestida. E para mim sou...uma mente inquieta, uma alma leve e um ar sempre meio arisco, e uma luz que perdi não sei bem onde. O peso do perfeccionismo deu cabo de mim e quando alguém me critica mal sabe que ainda sou mais implacável comigo mesma. Não sei onde vou chegar nem a que horas porque é provável que me perca no caminho e nunca lá chegue...