Numa mesa de bar...
Não quero outros braços. Não quero outro aroma, outro charme, outro olhar acutilante para mim. Era mais fácil, tentador por vezes,mas não quero. Sei quem quero ver entrar pela porta,sem sapato fino ou gravata, sem o cabelo à moda nem terno. Conheço-lhe a cadência do passo, o olhar timido, o quanto tenta passar despercebido. Nunca consegue. Nesta mesa de bar, onde pedi uma água normal, onde ninguém pergunta se se pode sentar. Perdi o encanto de outros tempos, nem me dei ao trabalho de olhar em volta. Vou folheando o livro, ouvindo o piano como música de fundo.... É por ele que espero, aqui, em casa ou em qualquer lugar. Porque a carne não satisfaz a falta do que é verdadeiro.... É por ele que espero...