Ay amores..
Às vezes olho para trás e penso no que me levou a gostar de algumas pessoas, a razão de algumas paixonetas. Geralmente é a parte intelectual ou algum tipo de admiração. A melhor maneira de acabar com um amor platónico é lidar com a pessoa de perto, fora do pedestal onde nós apaixonadamente a colocámos. Houve alguns em que a carência falou mais alto. Outros a adrenalina. Ou o desejo. Ou tudo junto mais a liberdade de poder fazer o que me dava na real gana. Até me cruzar com a pessoa que até hoje mais me abanou os alicerces. Em muita coisa era o oposto, noutro acho que éramos almas gémeas. Espicaçava-me, punha a nu certas fragilidades. Desafiava-me. Fez-se gostar, fiquei caídinha por ele, mesmo sabendo de tudo o que impedia, principalmente não ser correspondida no sentimento. O tempo passou, guardei-o num cantinho da memória e por lá tem estado. Provavelmente, para sempre.